A Origem do Nome "Campo Mourão"

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A origem do nome "Campo Mourão"

Segundo o livro "Campo Mourão Centro do Progresso", do escritor Pedro da Veiga "Em fins de 1769 e começo de 1770, pela expedição iniciada sob o comando do Capitão Estevão Ribeiro Bayão, de São José dos Pinhais, e completada pelo Capitão curitibano, Francisco Lopes da Silva, ambos sob o comando geral do Coronel Afonso Botelho de Sampaio e Souza (primo do Morgado de Mateus), após percorrer o rio Ivaí em toda sua extensão, reconheceu os campos que foram denominados Campos do Mourão, mais tarde simplificado para Campo Mourão, em homenagem ao Governador da Província de São Paulo, no período de 1765/1775, a qual se subordinava o Paraná, então sua quarta (e depois quinta) Comarca, Capitão-General DOM LUÍS ANTÓNIO DE SOUSA BOTELHO E MOURÃO (IV MORGADO DE MATEUS)".

         O Município de Campo Mourão (mais eufônico e tradicional seria Campos do Mourão) foi instalado a 17 de outubro de 1947, e, com o de Castro, perpetua dois nomes da genealogia portuguesa. Os foros da nobreza que ressurtem do nome MOURÃO estão, inclusive, ostentados no brasão de armas de Campo Mourão, brasonado com fundamento no próprio brasão de armas dos Mourões, de Portugal. Indiretamente, também o nome BOTELHO se configura nas armas mourãoenses, nem só pelos laços de parentesco de Dom Luís António de Sousa Botelho e Mourão e Afonso Botelho, mas, sobretudo, pela imortal participação deste processo de formação paranaense, onde governou de 1767 a 1774.

         Dependência Genealógica - Campo Mourão desmembrou-se em 10 de outubro de 1947 de Pitanga, que em 30 de dezembro de 1943 originou-se de Guarapuava, que emancipou-se em 17 de julho de 1852 de Castro, que se desmembrou em 24 de setembro de 1788 de Curitiba, que em 29 de março de 1693 se originou de Paranaguá, criado em 29 de julho de 1648, por Carta Régia.

         Quem foi Dom Luís António de Sousa Botelho e Mourão - Nasceu em 21 de fevereiro de 1722. Botelho e Mourão recebera muitas instruções, ao seguir para o Brasil e, outras tantas lhe seriam dadas, posteriormente, dentro de seu governo, pela Corte Portuguesa, através do Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Mello. Para cumpri-las não lhe faltaram engenho e arte: era oficial ilustrado, dedicado a estudos de engenharia, estratégia e história militar e trazia larga experiência em campos de batalha. Dom Luís faleceu em 5 de outubro de 1798 e foi sepultado na capela de Mateus, em Vila Real, Portugal.